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MEXERIQUEIRO É ASSASSINO
"Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; nem conspirarás contra o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor. Não odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo e não levarás sobre ti pecado por causa dele", Lev.19:16,17

É muito fácil de ver quais as razões porque as pessoas falam umas das outras: elas são ou apenas cobardes, ou então são cobardes com culpa própria, ou são erradas de coração e de espírito buscando alívio para sua amargura a qualquer preço.

Logo, sempre que se ouve alguém falar de alguém, podemos deduzir que algo de errado existe sempre em quem fala e não na pessoa de quem se fala. Pode ser verdade mesmo que a pessoa de quem se fala seja o que se diz, mas quem fala tem algo de muito errado dentro dele próprio para escolher as vias da má-língua acima das vias da correcção em amor, quiçá repreensão severa mesmo.  

Assim, podendo-se resolver uma questão eterna num irmão (porque o salário de qualquer pecado ainda é a morte e existem pecados em irmãos na fé que podem mesmo ser irremediáveis, isto é, para a morte, 1João 5:16.17), logo, quem escolhe as vias da má-língua tem por pretexto colmatar e tapar (abafar) o que sua consciência lhe insinua deveria estar fazendo: chegar perto de seu irmão e falar-lhe de seu pecado abertamente para ver se este se salvaria dele da melhor forma, isto é, o quanto antes. Porque muitos não o querem fazer, escolhem antes falar por traz dando largas aos seus próprios sentimentos de amargura em vez de irem ajudar um irmão sobre quem a ira de Deus pode recair a qualquer momento. Logo, podemos considerar que um mexeriqueiro tem um espírito de assassino dentro dele, o qual, se não mata, é dos que deixa morrer. Claro que nunca podemos repreender um irmão em amargura, mas se tivermos amor poderemos sempre falar directamente e nosso irmão nunca se ofenderá connosco, no mínimo a longo prazo. Por essa razão lemos que "o que repreende a um homem achará depois mais favor do que aquele que lisonjeia com a língua", Prov.28:23.

Quem não ama, odeia por certo. Nada existe entre amor e ódio, pois ou existe amor ou existe o oposto. Quem não ama tem a outra natureza dentro dele mesmo (e o verdadeiro amor nem é sentimento sequer), nem que seja apenas em fase embrionária. O amor ou é preto no branco, pois amor em cinzento não existe. O amor é o oposto do egoísmo e por essa razão podemos assumir que todo tipo de pecado é uma forma de egoísmo, ou então não seria pecado. Se a transgressão nunca fosse egoísta, se não deixasse de amar seu próximo como a ele próprio e não se amasse mais que ao próximo, de maneira nenhuma seria iniquidade. Logo, para que a má-língua se transforme em pecado, temos de assumir que quem fala de seu próximo fá-lo porque transgride a Lei de Deus e nunca porque é razoável ao ponto de não ir falar com seu irmão sobre algo que o fere, sob o pretexto de não querer magoar quem está supostamente em erro. Assim, quem fala por trás, traz sempre consigo a pretensão de estar a fazê-lo porque não quer ferir a pessoa de quem fala e que por essa razão o faz.

Temos também quem fale porque assume seu ódio (amargura) frontalmente, mas nem assim quer ser corajoso ao ponto de confrontar seu irmão ou inimigo frente a frente. Nunca acharemos um mexeriqueiro que esteja certo naquilo que faz ou que tenha seus motivos certos ao fazê-lo, nem mesmo quando tem qualquer razão. É pena que as pessoas cheguem ao ponto de confrontar a pessoa contra quem se amarguram só mesmo quando dizem estar de saco cheio. A prevenção para estes nada conta, isto é, só falam de saco cheio e nunca assim que caia a primeira gota dentro de seu saco. Mas, gota a gota o saco enche e devemos ter a percepção da verdadeira dimensão da tragédia logo na primeira gota que cai dentro de nosso saco. Mas, também se pode afirma que as gotas só caem em saco que esteja aberto e disponível. Só enche o saco de quem tem seu saco disponível e à mercê dos tolos deste mundo, os quais se corrompem e se destroem cada vez mais e melhor. Vemos as pessoas brigarem e falarem quando atingem pontos extremos, pontos de rotura extremos e extremados; mas nunca o amor permitiria que se chegasse a pontos de rotura, mas antes buscaria pontos muito anteriores à rotura, logo na fase da prevenção dum problema, pois se todos temos erros, todos necessitaremos ser corrigidos uns pelos outros e todos necessitamos uns dos outros para sermos devidamente ajudados naquilo que nos mata a alma: qualquer forma de pecado, seja este grande ou pequeno. Cabe a quem repreende o saber repreender sem encobrir a gravidade de qualquer pecado que seja, mas antes de havermos sido afectados pela amargura da dimensão de cada pecado em si - principalmente dos pecados dos outros.

Podemos olhar para esta questão da má-língua de qualquer outro prisma e vermos sempre que, quem fala de seu próximo, assemelha-se em tudo a um qualquer terrorista, pois destrói os interesses de seu próximo sem que este tome nota de quem o faz. Quem fala de seu próximo é assassino e se não o for em seus próprios olhos, certamente o será aos olhos de Deus. Então, tenha em mente quando fala de alguém que fala mal de si, pois tornou-se igual a tal pessoa. Ámen.

José Mateus

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