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O MAIOR INIMIGO DO HOMEM – QUEM É?
"Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida", Prov.4:23

Quem é que destrói o homem? Quem é que incitou Adão a pecar? O Diabo? Não, acho mesmo que não foi. Quem pecou é quem tem culpa – quem tem coração é que se separa de Deus. O diabo nada faz sem o coração do próprio homem estar plenamente envolvido naquilo em que peca. É obvio que quem tenta vai para o inferno, mas quem é tentado e cai, também vai. Não é o diabo que nos leva a cair – é o coração que dispomos, que temos em nós.

Se tenho horror a qualquer droga, como poderá o Diabo fazer-me cair nesse pecado? Se detesto o tabaco, como poderei fumar e assim destruir a única coisa que está ao meu dispor para dele cuidar sempre, isto é, o meu próprio corpo que é também o templo de Deus? Irá o diabo tentar-me com algo que não tem como pegar em mim, com uma tentação que me é inerte, a qual nada me diz? Logo, se o Diabo ou algum dos seus demónios endiabrados quiserem fazer com que desonre Deus através do meu cair num qualquer pecado, terá de se usar do tipo de coração que tenho em mim. Daí que lemos "Cada um, porém, é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência; (15) então a concupiscência, havendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. (16) Não vos enganeis, meus amados irmãos", Tiago 1:14-16.

Existe apenas uma pessoa de quem devo ter muito cuidado: eu e sempre eu! É assim que o homem se engana a si mesmo: pensando que o seu pecado nada tem a haver com ele. Uns pensam que como já aceitaram "Cristo", podem pecar, não levando em conta que Adão estaria em melhores circunstâncias de se substanciar nessa doutrina de loucura, pois se isso não aconteceu com ele, porque razão escaparíamos nós então? Porque se ignora que se lê sempre a alto e bom som "a alma que peca, morre", seja esta crente ou não, ou ainda "o salário do pecado é a morte" – e não apenas para alguns! "(16) Não vos enganeis, meus amados irmãos; Então a concupiscência, havendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte". Ele fala aqui para "amados irmãos", avisando que o pecado deles gera a sua morte.

Mas outros acham ainda que, se estiverem dentro de certas circunstancias e parâmetros de vida, não são pecaminosos. É o que acontecia com alguém que um dia estava numa mesma sala dum hospital ortopédico: dizia que se sua mãezinha estivesse ali com ele não gritaria assim tanto. Nada de estranho haveria nisto, caso o homem não tivesse perto de trinta anos de idade. O mesmo faz quem peca: se estivesse em tal e tal circunstância, não entraria em pecado como se não fosse ele o sumo-responsável pelo seu pecado. Para qualquer pecado se poder consumar, um coração tem de ser seu autor. Senão, por esta ordem de ideias, se a droga não me afectar seja de que jeito for, logo espetaria em mim aquilo que o Diabo distribui por aí na sua seringa doentia, caso eu me achasse num local propício à droga! Se o local determinasse o pecado a cometer, se tivesse o poder de me fazer estatelar caído, logo caía em certos lugares do mundo independentemente do tipo de coração que tivesse em mim! Mas sabemos que não funciona assim, pois para o Diabo conseguir algo, nunca o fará sem o homem, sem se usar do coração que ele tem.

É obvio que tem tudo a ver com aquele coração que tenho e não com quem me tenta naquilo que de mim possui ou não. Se sou ganancioso, o diabo nunca me irá tentar com pipocas; se sou mulherengo, não me irá tentar com homens. Logo, ele tem um grande conhecimento de quem serve Deus – todas as suas tentações estão devidamente delineadas e estudadas a fundo e em pormenor. Mas Cristo livra-nos do coração que temos, dando-nos um novo, nunca do Diabo, pois sabe que o Diabo nada é sem o homem – o diabo não tem poder nenhum, não é o inimigo principal do homem, não aquele que se destaca; é assim que chegamos ao que muitos pregadores de denominações não acreditam ser possível, mas que será a única salvação que está ao nosso alcance já e agora: "Aquele que é nascido de Deus não peca; porque a semente de Deus permanece nele e não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus", 1 João 3:9. E se nunca sequer acreditam nisto que é a única salvação, a do pecado, Mat.1:21 como poderão estar na plena posse da mesma? Não será de lhes dizer "Não se enganem amados irmãos"  mesmo que não sejam irmãos de todos os santificados por Cristo em pessoa? E "Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens, (12) ensinando-nos, para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos no presente mundo sóbria e justa e piamente, (13) aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus", Tito 2:11-13.

Ora, aqui está um grande dilema, pois as pessoas nem levam em conta o  estado do coração que têm, quanto mais saberem como e quando caem em desgraça diante de Deus e homens! Lemos que "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?" Jer.17:9. é Este coração que se auto convence que nunca irá cair! Será o mesmo coração que se acha salvo em pecado! Morrerão à espada todos os pecadores do meu povo, os quais dizem: O mal não nos alcançará, nem nos encontrará. Amos 9:10.

Mas salvos de quê? Do pecado. E se é Deus quem diz que o coração que temos é enganoso e isto acima de todas as coisas, mais que o próprio diabo para nós, logo devemos entender que isto se trata dum sério aviso, com o qual não devemos brincar e que não deveremos ser libertos só de Satanás, mas acima de tudo de nossos próprios pecados e dos corações que ele pode ainda usar. Somos salvos de todo pecado e não do inferno como muitos supõem ainda.

O coração de qualquer homem não depende das circunstâncias nas quais se encontra para entrar em pecado, pois vemos que aqueles que reclamavam aquando dos tempos de escravatura sob Faraó, são os mesmos que vieram reclamar sob o bom domínio de Deus no deserto, pois a bênção não os livrou de caírem através daquele coração insubordinado. Todos os que eram insubordinados a Faraó, foram insubordinados a Deus no deserto também. Era seu coração quem ditava seus comportamentos e não suas circunstancias. Os mesmos que reclamaram quando não se lhes fornecia palha para poderem fazer aquela quantidade previamente estipulada de tijolos para Faraó, são os ditos que reclamaram contra Deus no deserto cheio de bênção pela presença contínua de Quem criou o mundo. Eles, caso não tivessem um coração que reclama por tudo e por nada, nem reclamariam sob Faraó no Egipto, nem no deserto contra Deus.

José Mateus

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