CONTATOS
Contacte-nos
Redes Sociais


QUANDO É QUE SEI QUE AS LÍNGUAS QUE FALO VÊM DE DEUS?
"Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; mas ponde tudo à prova. Retende o que é bom", 1João 4:1; 1Tes.5:2

A natureza da pessoa é capaz de tudo neste presente mundo - de se enganar a ela própria e de ser enganada voluntariosamente, forçadamente, pela fé, pelo medo, pelo desejo, por aquilo que entende das Escrituras. Também é capaz de ser possuída por coisas que não vêm de Deus, achando que nunca é possessão, ou mesmo que são coisas de Deus. No tempo dos apóstolos, uma em cada cem manifestações eram falsas, ou falsamente concebidas em seu meio. Acho que hoje, uma em cada mil deve ser real e provavelmente pura e purificadora, servindo o próximo com ela e glorificando Deus sem palavras.

O diabo tem como possuir alguém - mas tem também como passar despercebido numa possessão. Ele tem como fazer passar por momentos de grandes tormentos sob possessão, de grande inconsciência quando se manifesta, ou então, quando a pessoa é voluntariosa no praticar daquilo que ele quer, ele pode e tem como e porque se tornar meio escondido, passar por Deus diante dos homens. E sabendo nós que sua especialidade sempre foi ser anjo da luz, só aos crentes tolos e que não querem se arranjar com Deus de facto é que não se tem como convencer que o diabo os está enganando. Logo, ser crente, exige de nós obediência, algo que o diabo usa e pode usar muito bem para tornar alguém voluntarioso e entregue a tudo quanto faz - por essa razão existem muitos com dons satânicos que nem por sombras manifestam qualquer género de possessão quando os colocam em prática. Existem testes, porém, que podemos aplicar sem qualquer receio de danificarmos nosso dom caso este venha de Deus. Nestes momentos nunca se podem aceitar como provas vozes, sugestões, ou mesmo versículos encontrados e extraídos da Bíblia. E porque existem dons que vêm de Deus realmente, temos maior responsabilidade sobre nós mesmos de os identificar, testar e atestar.

Qualquer dom de Deus vem ter com o crente em forma de pacote - nunca se recebe um dom isolado da santidade, da sobriedade, do poder e da inteligência de ser santo que Deus proporciona juntamente com o dom, dos mecanismos de seu uso exclusivo de servirem a Deus e de lhe darem glória. Por essa razão, quando alguém ou cura, ou tem certos dons proféticos, ou fala em línguas estranhas dentro da igreja, mas chegando a casa tem problemas de lascívia, de descontrolo de humor, de irritabilidade, de pensamentos sujos e pervertidos, de amarguras contra uns e outros, de má-língua justa ou injusta, pode ter toda a certeza que, mesmo havendo tal dom sido dado por Deus inicialmente, deixou de ser dado por Deus e está sendo usado pelo diabo.

Um dom destes - que não vem de Deus, ou que já não é usado por Ele em toda a santidade e reverencia inteligente - não tem cura: é como um sinal na pele que tem de ser queimado para deixar de perturbar o corpo onde se alojou e manifestou. Em primeiro lugar, a pessoa tem de ser honesta com ela mesma, tem de saber que pode estar a ser usada pelo diabo, tem de aceitar tal situação como possível e provável, sem se deixar impressionar com sugestões que poderá estar a pecar contra o Espírito Santo e que mais! O pecado contra o Espírito Santo manifesta-se em dureza e desonestidade e nunca numa vontade férria e honestamente simples de ainda se poder vir a fazer toda a vontade de Deus - simplesmente. Em segundo lugar, tem de limpar seu cadastro diante de Deus, tem de confessar pecados um a um a quem fez mal, tanto a Deus como a homens - desde que se lembre deles, desde o tempo que tem sua memória, desde que nasceu. Lemos num dos profetas, que Deus fala ao Seu povo que nasce de novo, assim: "E, quanto ao teu nascimento, no dia em que nasceste não te foi cortado o umbigo, nem foste lavada com água, para te limpares; nem tampouco foste esfregada com sal, nem envolta em faixas". Isto quer dizer que a pessoa nunca confessou todos os seu pecados anteriores e se os confessou nunca cortou seu umbigo, que o liga ao mundo dos sentidos e do pecado.

Nestes momentos, todo dom tem necessariamente de ser ignorado, a vida tem de ser limpa minuciosamente e a pessoa tem de se aproximar de Deus assim, como se fosse feita virgem de novo e pedir a Ele pessoalmente que, se aquele dom não vier d'Ele, que o queime e elimine. Não é pecado duvidar se seus dons vêm de Deus ou não - é pecado, isso sim, assumir que vêm de Deus sem haver provado os espíritos. Se este espírito resistir uma limpeza de alma, a uma conversão verdadeira, a uma confissão integral de todos os pecados, mesmo os que nada têm a ver com a especificidade do dom em jogo, se resistir a um abandono de todo pecado, se resistir a uma oração que pode ser ouvida por Deus, esse dom vem de Deus. Se não resistir, não vem. Deve então dar graças a Deus por se haver libertado desse engano, em vez de se sentir envergonhado de haver enganado tanta gente, incluindo a si próprio. Todas as graças a Deus serão sempre poucas, caso se rectificou a tempo de ainda glorificar Deus.

Costumo dizer que quem tem medo da polícia é ladrão e se não é, age como se fosse. Logo, a Bíblia nos exorta (em vários lugares com alguma veemência mesmo!) a testar todos os espíritos a ver se vêm de Deus ou não. É ela que usa a palavra TUDO em "ponde TUDO à prova". É um mandamento testar seu dom. Esse dom tem de passar o teste de toda a santidade e reverencia, não apenas a santidade do dom, mas da pessoa do dom em questão. Tem de passar o teste do fruto depois do teste da santidade, pois Deus dá o dom e abençoa o dom com multiplicação santa e exclusiva, reverente e humilde, responsável e inteligente, fiel e oportuna - todos os dons reais servem na hora certa, a comida certa, dependem exclusivamente da liderança e de serem reinados por Deus após haverem sido dados. E no Reino de Deus "os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas", 1Cor 14:32 e não a uma força que nunca controlam e os incita, tenta, os torna tolos, sem nexo.

Não existe outro teste aos dons, a não ser o da santidade do vaso, em oração oportuna. Os dons falsos mais difíceis de abandonar as pessoas onde se alojam, são aqueles que infernizam, manipulam, sugerem a quem é auto-sugestivo, teimoso, bajulador, quem quer ser eloquente, visto pelos outros, ganhador, severo, preguiçoso, legalista, liberalista, ou qualquer outra coisa que não esteja sobrecarregado de todo bom senso, de toda a mansidão e honestidade, envoltos em toda a luz e humildade. O pecado só se expõe quando pode ser bem visto, aprovado, elogiado e não saindo perdendo, ou ganhando algo com isso. O teste da exposição à luz, não apenas do dom, mas de toda a vida de quem tem esse mesmo dom, de todo o passado, presente e futuro, de tudo quanto é e pensa, diante das pessoas certas e de Deus, é comum e eficaz a desmascarar qualquer possível fraude, tanto demoníaca, como auto-sugestiva. Cristo disse assim: "Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas", João 3:20. Mas haja pessoas que queiram e desejem ardentemente serem reprovados em caso de erro.

José Mateus

Voltar para Index de Mensagens